ENGENHARIA AGRÍCOLA

Novo campo semeia tecnologia e colhe produtividade

A Engenharia Agrícola recebeu sua primeira turma em 1999. Para compensar a pouca experiência, a coordenação estabeleceu parceria com a Escola de Veterinária da UFF, em especial com o Departamento de Zootecnia Aplicada, responsável por algumas disciplinas obrigatórias do novo curso, e assinou convênios com instituições como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa de Pesquisa Agropecuária (Pesagro), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), do Estado do Rio, e o Ministério da Agricultura. Esses convênios representam um complemento importante ao universo de conhecimentos do engenheiro agrícola, porque o estudante trava contato com as grandes empresas brasileiras de pesquisa no setor primário. Estuda-se ainda a implantação do estágio de residência, para o engenheiro formado ingressar no mercado numa dessas instituições associadas à UFF.

O coordenador da Engenharia Agrícola, Eduardo Jorge, enfatiza a busca do curso por uma formação voltada para o meio agrícola. "Ainda não possuímos nossa bateria própria de computadores para atividades de estudo e pesquisas de engenharia agrícola, mas disponibilizamos algumas vagas no laboratório de informática da engenharia para que os alunos tenham aula, por exemplo, de uma disciplina opcional em Geoprocessamento. Nessa aula eles interpretam dados enviados via satélite acerca de determinada região geográfica, o que possibilita o estudo do tipo de solo e sua melhor utilização".

O curso destina-se à formação de profissionais para atuação em áreas relacionadas ao desenvolvimento agrícola. A atenção volta-se para os setores de produção e aplicação de tecnologias da engenharia, a fim de melhorar a produtividade do sistema agro-industrial, a indústria e comércio de máquinas e equipamentos, os processos ambientais e os agronegócios. Os campos de ensino e pesquisa, em níveis técnico e superior, também fazem parte da estratégia da Engenharia Agrícola.

Algumas disciplinas têm aplicação na fazenda da UFF, em Cachoeiras de Macacu, onde os alunos de Engenharia Agrícola e Veterinária recebem os ensinamentos práticos. Para boa parte dos estudantes, esse campus deveria ser mais utilizado, o que lhes renderia um maior conhecimento prático, segundo o estudante Carlos Queiroz Alves, 42 anos, do quarto período. "Ouvimos muito sobre construção do meio rural, mas devemos aproveitar melhor essa estrutura da universidade".

Além das aulas convencionais, o curso compõe-se de trabalhos de campo, visitas e palestras técnicas obrigatórias. As disciplinas optativas, como o desenho em AUTOCAD e a engenharia de segurança, que trata da utilização de insumos e agrotóxicos, representam conhecimentos acessórios importantes para o futuro engenheiro.

O professor Eduardo Jorge queixa-se da pouca divulgação do curso de Engenharia Agrícola, apesar do amplo mercado profissional no Estado do Rio. "Calculo que 90% de nossos alunos vão conseguir emprego por aqui". O coordenador cita as áreas de drenagem e irrigação agrícola, máquinas e equipamentos, processamento e armazenamento, agrobusiness, economia agrária, administração de empresas rurais e engenharia de meio ambiente como alguns dos segmentos que requerem profissionais com o perfil do engenheiro agrícola. "O setor primário cada vez mais se ressente da carência de engenheiros específicos", garante Eduardo Jorge.

Aluno do primeiro período de Engenharia Agrícola, Alexander Soares Correa, 32 anos, diz que se sente bem no meio rural. Ele aponta a qualidade do solo brasileiro e a tradição agrícola como motivadores da nova formação em nível superior. "No Brasil, a produção agrícola bate recorde em cima de recorde. Temos um potencial agrícola fabuloso. Minhas perspectivas são boas. Eu, que sempre lidei com o campo, vejo aqui uma área ainda carente de profissionais qualificados e pretendo ocupar esse espaço".
Texto integrante da Revista Acesso UFF
(parte integrante do Kit Vestibular UFF 2003)

OBJETIVOS DO CURSO

O Curso destina-se à formação de profissionais para atuação em áreas relacionadas ao desenvolvimento rural e agrícola, especialmente nos setores de produção e aplicação de tecnologias de engenharia destinadas às otimizações e inovações no sistema agro-industrial, na indústria e comércio de máquinas e equipamentos, nos processos ambientais e nos agronegócios, nas áreas de serviços, ensino e pesquisa, nos níveis técnico e superior.
TITULAÇÃO
Engenheiro Agrícola
DURAÇÃO
Mínima de 8 e máxima de 18 semestres

O QUE FAZ O PROFISSIONAL

Compete ao Engenheiro Agrícola o desempenho de atividades referentes à aplicação dos conhecimentos tecnológicos para o equacionamento de problemas relacionados à produção agrícola e ao desenvolvimento rural, envolvendo energias alternativas e eletrificação, transporte, sistemas estruturais e equipamentos, nas áreas de: engenharia de água e solo, construções para fins rurais e ambiência, máquinas e implementos agrícolas; processamento e armazenamento de produtos agrícolas, gestão e controle de sistema ambientais, bem como seus serviços afins e correlatos.

ONDE ATUA

O Engenheiro Agrícola, no exercício de suas atividades, está capacitado para atuar como autônomo, ou em empresas e órgãos de caráter público ou privado, trabalhando em pesquisa e ensino técnico ou superior; nos setores de irrigação, drenagem, energia, construções, saneamento e controle da poluição rural, processamento e armazenamento, meio ambiente, desenvolvimento, fabricação e comercialização de equipamentos afins; pode também trabalhar em cooperativas e instituições financeiras e de consultoria de administração e planejamento da produção agropecuária.

Além de estar apto a atuar nos campos tecnológicos desenvolvidos por órgãos federais, estaduais e municipais, poderá atuar em órgãos internacionais tais como a Organização da Nações Unidas (ONU), Organização de Alimentação e Agricultura (FAO), Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), Organização dos Estados Americanos (OEA), entre outros.

ONDE SE LOCALIZA A COORDENAÇÃO DE CURSO

Escola de Engenharia
Rua Passo da Pátria, 156 – São Domingos – 24210-240 – Niterói – RJ
Tel.: (21) 2620-7070 ramal 222 – Telefax: (21) 2717-4446 –
tgr@vm.uff.br
http://www.engenharia.uff.br

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