ENGENHARIA METALÚRGICA

Cursos mantêm vocação industrial

A Escola de Engenharia da UFF cresce junto com Volta Redonda. Os cursos oferecidos sobressaem devido ao elevado número de atividades práticas, facilitadas pela proximidade com o pólo industrial da região.

A tradição do curso de graduação, com mais de 40 anos de existência, contribui para que o mercado absorva os recém-formados. A faculdade ganhou duas novas titulações nos últimos anos, a de Engenharia Mecânica e de Produção, todas seguindo uma orientação prioritariamente industrial. Uma vocação histórica, segundo o coordenador da Engenharia Metalúrgica, Marcos Antônio Marques:

- A Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda foi fundada nos primórdios da Companhia Siderúrgica Nacional, marco da modernização tecnológica do Brasil, que atraiu para a região indústrias metalúrgicas, mecânicas, de fundições. Hoje, a área desenvolve tecnologia de ponta, que vem sendo acompanhada por professores e alunos".

A região Sul Fluminense é um pólo industrial em desenvolvimento, reforça o coordenador da Engenharia Mecânica de Volta Redonda, Flávio Moore. O professor José dos Santos Pereira destaca a larga tradição da escola em metalurgia.

Por ser a mais antiga, a Engenharia Metalúrgica acaba dando o tom dos demais cursos. Todos têm o foco principal na indústria. A formação acadêmica em Volta Redonda reforça este aspecto, mas não impede que o aluno siga outros rumos.

Os professores acumulam vasta experiência em metal-mecânica, muitos com passagens por indústrias siderúrgicas e metalúrgicas. Dos 46 professores, 40 são mestres ou doutores, com pesquisas na área de Metalurgia e Materiais.

- O corpo docente é altamente gabaritado", elogia o ex-aluno de Engenharia Metalúrgica Ricardo Alexandre Freitas de Souza, formado há um ano e, atualmente, fazendo mestrado com ênfase em Simulação de Processos. Ele ressalta o embasamento teórico e prático acumulado pelo profissional graduado na EEIMVR. "O profissional formado na UFF tem uma ótima aceitação na área metalúrgica. Além das aulas teóricas, a gente vai à indústria ver como se dá o processo. Temos a oportunidade de visualizar o que aprendemos em sala nas visitas a empresas, como a Companhia Siderúrgica Nacional. Já fomos até a Companhia Siderúrgica de Tubarão, no Espírito Santo.

O coordenador da Engenharia Metalúrgica, Marcos Antônio Marques, professor de Segurança Industrial, defende que o engenheiro metalúrgico precisa cultivar um fascínio pela transformação da matéria e pela pesquisa, criação e aplicação de novos materiais.

- O estudo desse campo propicia a execução de projetos, a operação de plantas e sistemas e a pesquisa de novos processos e materiais que possibilitem a modernização, desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida da humanidade", afirma Marcos Antônio.

Apesar de o curso exigir dedicação, o ex-aluno Marcelo Toledo Valim, 27 anos, diz que vale a pena o esforço. O engenheiro júnior de vendas da GALVASUD, empresa que fornece estruturas metálicas para montadoras de automóveis, ressalta a imagem do curso perante os empregadores.

- Quando você chega numa entrevista e fala que estudou engenharia metalúrgica na UFF, já causa boa impressão. E como são poucas as universidades que oferecem essa graduação, não existe um número grande de profissionais especializados na área. Estamos capacitados a atuar no processo metalúrgico em todos os setores da siderurgia, como fundição, soldagem, engenharia de materiais e projetos. Também na parte comercial, na qual eu trabalho, em consultoria e até lecionando em faculdades".

A estudante do segundo período de Engenharia de Produção Camila Cortez dos Santos Silveira, 19 anos, aponta a estrutura física do campus de Volta Redonda como componente importante para a união do grupo. "Todos os departamentos estão num prédio só. Não perdemos tempo indo de um campus para outro. Os professores das disciplinas do ciclo básico é que vêm de Niterói para cá".

Mauro Moura Alvim, também de Engenharia de Produção, considera o ambiente da faculdade excelente. "É como se fosse uma família", diz o estudante, de 22 anos, do terceiro período, que saiu da casa dos pais, na Ilha do Governador, para morar numa república. "Está sendo uma experiência fantástica. Deixei a proteção dos pais e adquiri responsabilidades. Passei a administrar a casa, a comida e o dinheiro. O pessoal da faculdade dá muita força".

O coordenador José dos Santos Pereira analisa a formação do futuro engenheiro de produção. "Ele está habilitado a atuar em empresas do setor secundário, metalúrgicas, siderúrgicas, montadoras, fábricas em geral, no setor de serviços, em instituições financeiras, comerciais, de pesquisa, de ensino, de projeto e de consultoria".

A Engenharia Mecânica mantém o padrão de qualidade das outras duas. Flávio Moore, professor de Resistência dos Materiais e coordenador da graduação recém-criada no campus de Volta Redonda, enumera o leque de atividades que abrangem o curso. "O aluno conhecerá os sistemas e processos mecânicos e das instalações industriais, tais como projeto, fabricação, operação, manutenção, inspeção e outras. À formação técnica específica, associa-se a um conjunto de informações complementares e indispensáveis à geração de um profissional atento às questões humanas, sociais e ambientais".

O novo curso mantém o perfil industrial da Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda (EEIMVR). Formará profissionais para fábricas, montadoras e também empresas do setor de serviços, instituições de ensino e de pesquisa.

Os laboratórios são compartilhados pelas graduações de Metalurgia, Mecânica e de Produção.

- A EEIMVR possui vários laboratórios para o curso de Engenharia Metalúrgica, como o de Ensaios Mecânicos, Tratamentos Térmicos, Corrosão, Informática, Metalografia, além de dispor de uma boa biblioteca - lista o coordenador Flávio Moore. "Estamos nos equipando para oferecer aos alunos da Engenharia Mecânica os laboratórios de Mecânica dos Fluidos, Termodinâmica, Metrologia, Instrumentação e de Motores de Combustão Interna".

Muita coisa muda na passagem do colégio para a universidade. Luís Márcio Cardoso Nogueira, 19 anos, do segundo período de Engenharia Mecânica, aponta a diferença de comportamento em sala:
- O pessoal vai à aula por interesse, ninguém o obriga. Muitos ficam depois da hora para tirar dúvidas. No 2º grau, os professores cobram o tempo inteiro da gente. Aqui temos liberdade e aprendemos a assumir responsabilidades.
Texto integrante da Revista Acesso UFF
(parte integrante do Kit Vestibular UFF 2003)

OBJETIVOS DO CURSO

O Curso destina-se à formação de Engenheiros Metalúrgicos que poderão atuar tanto nos setores industriais, quanto na área de serviços e no ensino técnico e superior.

TITULAÇÃO
Engenheiro Metalúrgico
DURAÇÃO
Mínima de 8 e máxima de 18 semestres

O QUE FAZ O PROFISSIONAL

Compete ao Engenheiro Metalúrgico atuar no projeto, desenvolvimento e controle de processos metalúrgicos, tais como extração e beneficiamento de minérios, siderurgia, soldagem, fundição, conformação de materiais, área de metal-mecânica, área naval, bem como na área de novos materiais (polímeros, cerâmicos, compósitos, vidros, entre outros).

ONDE ATUA

O Engenheiro Metalúrgico, no exercício de suas atividades, está capacitado para atuar em empresas de metal-mecânica em geral, empresas fabricantes de metais tradicionais e novos materiais, empresas de consultoria e projetos, centros de pesquisas e desenvolvimento, instituições de controle ambiental, controle de qualidade entre outros e no ensino médio e superior.

ONDE SE LOCALIZA A COORDENAÇÃO DE CURSO

Escola de Engenharia Industrial e Metalúrgica de Volta Redonda
Av. dos Trabalhadores, 420 – Vila Santa Cecília – 27260-740 – Volta Redonda – RJ
Tel.: (24) 344-3015 – telefax: (24) 3344-3019 –
tgv@vm.uff.br
http://www.engenharia.uff.br

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