GEOGRAFIA |
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Meio ambiente amplia fronteira profissional | ||||||||||||||||||
Que o magistério absorve a maior parte dos geógrafos, todo mundo sabe. Mas será essa a única alternativa para quem se forma em Geografia? José Antônio Baptista Neto, 36 anos, professor de Oceanografia e Geomorfologia da UERJ e ex-aluno da UFF, percebe uma ampliação do campo para o bacharel em Geografia. - A coisa está começando a melhorar, principalmente na área de meio ambiente. A conscientização da importância da ecologia fez surgir a necessidade de estudos de impacto ambiental, em que o papel do geógrafo é primordial. Antes dos anos 90, construíam-se hidrelétricas, pontes e tudo mais sem estudos ambientais. Agora é lei, observa José Antônio. O coordenador de Geografia, José Alberto Gomes Monteiro, aponta o mapeamento, a consultoria e o geoprocessamento como áreas a serem exploradas. "Os bacharéis que quiserem pesquisar e desenvolver projetos encontrarão espaço nas prefeituras, órgãos de pesquisa e planejamento urbano, agrário e ambiental", afirma José Alberto, citando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Não Renováveis (IBAMA) e consultorias de meio ambiente, como campos de atuação. Mesmo com o crescimento do campo de atuação, ainda é nas salas de aula que encontramos a maior parte dos geógrafos. José Alberto explica que é no magistério que o recém-formado encontra emprego mais facilmente. Ele destaca o bom desempenho dos ex-alunos em concursos. "Nosso curso está entre os que mais aprovam em concursos para professores tanto do Estado quanto dos municípios. Mantemos uma média de 75% a 80% de aprovados". O bom nível do curso tem como uma de suas razões a reforma curricular implantada no primeiro semestre de 1995. O projeto, discutido entre os estudantes, criou disciplinas, estabeleceu a exigência de um trabalho de conclusão de curso e incorporou o estágio ao currículo. Outra mudança importante foi a concentração das disciplinas em turnos específicos. Todos os que ingressam no primeiro semestre têm aulas pela manhã. Já os que passam para o segundo cursam à noite. Antes um aluno poderia ter aulas às 10h e a seguinte ser às 16h. Essa situação impunha ao estudante a necessidade de escolher por fazer estágios ou completar o curso dentro do prazo determinado. A condição de estudar em um turno único colaborou bastante para reduzir a evasão escolar. O corpo discente, que em 1993 girava em torno de 300 estudantes, hoje está na faixa dos 700. A Geografia na UFF enfatiza a área humana, segundo o estudante Emílio Soares Lucas, 23 anos, no oitavo período. "O curso levanta muitos questionamentos e envolve sempre questões sociais". Nelson Luis Ferreira da Costa, 33 anos, no oitavo período, se ressente de um aprofundamento em Geografia Física. Os estudantes queixam-se da estrutura deficiente em termos de materiais e equipamentos, mas reconhecem a qualidade do corpo docente. "Eles botam aquela pilha, nos fazem andar e nos ajudam a construir uma visão crítica de mundo", diz Sávio Magaldi, 27 anos, do oitavo período. O ex-aluno e hoje professor da UERJ José Antônio Batista destaca a aproximação entre professores e alunos. "Essa é uma característica marcante na UFF, o bom relacionamento de corredor, de sentar na barca ao lado do professor. Você não vê isso em outras universidades. A aluna Luciana de Castro Oliveira, 26 anos, cita outra vantagem do curso. "Ele tem disciplinas que os currículos de outras universidades não possuem, principalmente na parte ambiental".
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OBJETIVOS DO CURSO |
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Formar profissionais capazes de interpretar criticamente a organização do espaço produzido pelas relações dos homens entre si e com a Natureza, nas suas diferentes configurações territoriais/ambientais (regional, agrário e urbano); analisar as relações especializadas da estrutura econômica, social e política das sociedades contemporâneas; desenvolver pesquisas e assessoria em órgãos públicos e privados dedicados ao planejamento urbano, agrário e ambiental; elaborar diagnósticos de impactos ambientais provocados pelas ações humanas; atuar nas atividades de ensino fundamental e médio de instituições públicas e privadas, contribuindo na qualificação permanente da Educação em nosso país. | ||||||||||||||||||
TITULAÇÃO | ||||||||||||||||||
Bacharel em Geografia; Licenciado em Geografia | ||||||||||||||||||
DURAÇÃO | ||||||||||||||||||
Mínima de 6 e máxima de 14 semestres | ||||||||||||||||||
O QUE FAZ O PROFISSIONAL |
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Análise e descrição das formas de apropriação da natureza pelos homens e avaliação das conseqüências socioambientais; desenvolvimento de pesquisas e diagnósticos a respeito da produção/organização do espaço agrário, urbano e regional; realização de mapeamentos fisiográficos, topológicos e sociopolíticos com vistas ao planejamento do desenvolvimento econômico e da qualidade do meio ambiente. Atuação como docente e pesquisador nas instituições de ensino fundamental e médio. | ||||||||||||||||||
ONDE ATUA |
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Em centros e instituições científicas e de pesquisa, órgãos de planejamento e desenvolvimento econômico-regional e setorial e instituições de ensino. | ||||||||||||||||||
ONDE SE LOCALIZA A COORDENAÇÃO DE CURSO |
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Instituto
de Geociências |
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LINKS RELACIONADOS |
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Niterói IBGE |
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VESTIBULAR 2003 |
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