Recém-restaurados, o Solar do Jambeiro e a Igreja de São Lourenço dos Índios são novidades no roteiro cultural

O carioca gosta de dizer que o melhor de Niterói é a vista do Rio de Janeiro. A verdade é que é impossível não se arrepiar ao admirar a paisagem. Do calçadão de Icaraí, do Museu de Arte Contemporânea (MAC), do mirante do Parque da Cidade, da Fortaleza de Santa Cruz ou da histórica igrejinha de São Francisco Xavier (século XVI), em São Francisco, há uma única palavra para descrever o cenário: deslumbrante.

Mas isso é apenas um aperitivo para quem quer descobrir o verdadeiro sabor da cidade fundada por Araribóia. A começar pelo clima provinciano. Ao que parece, todos os niteroienses se conhecem ou têm amigos e parentes em comum.

O roteiro cultural ganhou reforço. O Solar do Jambeiro (1872), no bairro de São Domingos, e a Igreja de São Lourenço dos Índios (1586), em São Lourenço, foram reinaugurados depois de passarem por cuidadosas restaurações.

A igreja é um dos marcos da fundação de Niterói. Já o palacete Bartholdy, nome original do solar, tem a fachada coberta por azulejos portugueses e beirais de telhões de louça pintados à mão.

Pertinho dali, na Boa Viagem, fica o símbolo da cidade, o MAC. Aberto em 1996, foi considerado pela revista americana “Condé Nast Traveler” uma das sete maravilhas do mundo moderno. Basta dizer que o edifício, como é peculiar aos projetos de Oscar Niemeyer, vale uma visita independente da exposição em cartaz. O MAC estará fechado para o carnaval, voltando a funcionar no dia 14.

Não se pode esquecer das belas praias oceânicas, como Itaipu, Camboinhas e Itacoatiara. Esta última, o paraíso dos surfistas. Encravada entre duas encostas, é a mais reservada. As crianças vão à Prainha de Itacoatiara, com águas mais calmas. Em Itaipu, a pedida é comer um peixinho no fim de tarde.

Estique a visita até a Fortaleza de Santa Cruz, em Jurujuba, a pioneira da Baía de Guanabara, erguida em 1555. Estando lá, vale visitar também os fortes vizinhos: Rio Branco, Imbuí, São Luiz e do Pico. Em Jurujuba, a pedida é comer frutos do mar no Bicho Papão. Mas a novidade gastronômica da cidade é a Marius Crustáceos, em Charitas. O imponente casarão construído com material de demolição chama atenção à beira-mar.

Fonte: O Globo on line - Caderno Boa Viagem - 07/02/2002

próximo