COMUNICAÇÃO SOCIAL

Nos últimos anos, as habilitações de Publicidade e Jornalismo têm ostentado a invejável posição de segundo e terceiro colocados, respectivamente, na relação vaga-candidato do vestibular da UFF. Cinema também está entre as 10 opções mais procuradas. Considerada apenas um modismo nos anos 70, a Comunicação conquistou de vez um lugar como campo de conhecimento e alternativa real de trabalho em nível superior. Sem a Comunicação, você não leria estaria lendo, por exemplo, esta revista (nota da COSEAC: em relação a Revista Acesso UFF, da qual este texto foi extraído).
Comunicação Social - Jornalismo
De olho na informação

Testemunhar fatos históricos, denunciar injustiças sociais, expressar os anseios e opiniões da sociedade — a visão clássica do jornalista deixa à sombra outras possibilidades de atuação profissional. Além das funções tradicionais na reportagem, redação e edição, o estudante de Jornalismo tem contato com as áreas de editoração eletrônica, assessoria de imprensa, comunicação institucional e mídia comunitária, entre as muitas oportunidades desconhecidas pelos vestibulandos.

A formação procura oferecer uma base humanística e técnica para que o jornalista tenha condições de atuar de modo crítico, responsável e criativo, sendo capaz de refletir sobre a prática no momento da produção. Matérias teóricas como Sociologia, Antropologia, Filosofia, Lingüística e Teoria da Comunicação dialogam com os conhecimentos transmitidos nas aulas específicas sobre linguagens e técnicas das diferentes mídias impressas e audiovisuais. Na área técnica, os alunos cursam disciplinas como Técnicas de Reportagem, Redação, Fotojornalismo, Diagramação, Radiojornalismo, Edição e Telejornalismo.

O currículo inclui a produção de experiências laboratoriais, como jornais, revistas, telejornais e programas de rádio, utilizando os laboratórios audiovisuais e de informática do Instituto de Arte e Comunicação Social. No oitavo e último período, é obrigatória a elaboração de uma monografia (projeto experimental) sobre um tema de Comunicação, sob a orientação de um professor.

Apesar da crise, a maioria dos recém-formados consegue conquistar espaço no mercado profissional e hoje muitos ex-alunos ocupam posição de destaque na imprensa. Alguns vieram de longe e perceberam a universidade pública como uma possibilidade de ascensão social. Em 1982, Marceu Vieira desembarcou em Niterói vindo de Morro Agudo, distrito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Queria aprender a ser repórter. "Vivi intensamente a faculdade, morei em república, fui monitor. Tenho grandes recordações. Numa universidade pública, mais que técnica, aprendemos uma vivência que nem o mercado dá. A troca de histórias de vida, a mistura de classes e realidades sociais confere uma experiência bastante enriquecedora", adverte Marceu, hoje subeditor da revista Época.

No entanto, a universidade precisa ainda ser complementada com a prática profissional. "Saí da UFF cheio de sonhos, mas no mercado é preciso conseguir experiência. Realizei alguns sonhos, como viajar e trabalhar em grandes empresas jornalísticas, mas sempre sinto saudades dos meus tempos de escola", relembra Marceu, vencedor do Prêmio Embratel de Jornalismo, com a matéria "E assim sumiram três anos", publicada na Época no ano 2000 sobre as denúncias contra o treinador de futebol Vanderlei Luxemburgo.

Francisco Santos, repórter da sucursal carioca da Folha de São Paulo, partiu de Jeremoaba, no sertão baiano, aos 16 anos. "Morei na casa de parentes, trabalhei em escritórios e lojas de autopeças, até entrar para a universidade e começar a batalhar um estágio". Para ele, o ingresso numa instituição pública representou uma oportunidade ímpar de ascensão profissional: "A UFF me deu uma formação de qualidade, que muitas vezes as particulares não têm condição de oferecer".

Dos anos passados em Niterói, de 1974 a 1982, ele guarda muitas lembranças: " Fiz duas faculdades, História e Comunicação. Participei do movimento estudantil, fui diretor de DA e vice-presidente do DCE". Nos últimos anos da ditadura militar, Chico conta que fazia política sem descuidar do futuro profissional. Conciliando militância e profissão, participou de encontros estudantis em várias cidades e estagiou em empresas de comunicação do Rio, como o Diário de Notícias e a Rádio Jornal do Brasil, ambos já extintos.

Chico Santos enfatiza que o período universitário representou, para ele, uma fase de consolidação da formação intelectual e da consciência cultural e ideológica. Para os jovens que um dia pretendem ser jornalistas, arrisca conselhos: "É muito importante ter uma boa formação cultural e intelectual. O bom jornalista não pode ser alienado. Ele tem de ser o mais generalista possível e precisa falar línguas estrangeiras. O inglês é indispensável para quem quiser ascender profissionalmente". E adverte: "é bom fazer até uma pós-graduação, pois a competição é muito feroz. A oferta de profissionais aumenta, mas o mercado só encolhe".

Desde 1978, o Instituto de Arte e Comunicação Social funciona no casarão da Rua Lara Vilela, em Sao Domingos. O predio, construido em fins do seculo XIX, foi residência de Othon Henry Leonardos, cônsul da Grécia e pioneiro da geologia no Brasil.

 

Comunicação Social - Publicidade e Propaganda
Concorrência empresarial estimula área estratégica

A disputa por mercados transformou a propaganda em uma área estratégica para a maioria das empresas. Hoje estima-se que as grandes companhias invistam em publicidade 50% do custo relativo ao lançamento de um novo produto. Grandes marcas são cotadas em valores incalculáveis, tamanha a força de produzir lucros e vendas. Neste contexto, a importância do profissional de publicidade cresce a cada dia.

Na UFF, a formação em Publicidade e Propaganda é uma das habilitações do curso de Comunicação Social, o que permite aos alunos desenvolver seus estudos de maneira interdisciplinar, tendo contato com áreas de outras habilitações, como Jornalismo e Cinema, no Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS), na rua Lara Vilela, em São Domingos. A duração média do curso é de oito períodos, incluindo o tempo dedicado à produção de uma monografia sobre um tema da escolha do estudante.

A intenção é formar profissionais com base humanística e técnica para atuar de modo responsável, crítico e criativo, capacitando-os tanto para as áreas de como marketing, pesquisa, produção, criação, atendimento e merchandising. Embora valorize a prática, a formação do publicitário pretende ir além do ensino tecnicista, aprofundamento do conhecimento fundamental sobre sua área de atuação.

Atualmente, a UFF dispõe de laboratórios de criação visual, vídeo, informática, fotografia e cinema, para desenvolver a habilidade nas áreas de tecnologia e multimeios. No Laboratório de Livre Criação, na rua Tiradentes _ a 300 metros do IACS _ professores e alunos produzem peças de propaganda voltadas para clientes, desde órgãos da UFF a empresas localizadas em Niterói.

A formação teórica e humanística é garantida em disciplinas como Análise do Discurso, Comunicação Social Comparada, História da Comunicação, Ética, Linguagens Não-Verbais, Sociologia e Psicologia Social. O aprofundamento desses estudos pode ser feito tanto na graduação, através de bolsas de iniciação científica, quanto na pós-graduação, nas matérias do mestrado em Comunicação, Imagem e Informação.

A atuação do profissional de publicidade é bastante ampla. O graduado formula planos e estratégicos de comunicação, pesquisa a criação de produtos e serviços, desenvolve o planejamento, a veiculação e a produção de peças comerciais e não comerciais para as várias mídias; atua na criação visual, gráfica, eletrônica e de textos; e lida com públicos internos e externos às organizações, podendo administrar grupos, agências e produtoras. Com o título de mestre ou doutor, pode ainda dedicar-se à pesquisa e ao ensino superior.

Além de trabalhar em empresas privadas, ou no serviço público, o publicitário pode abrir seu próprio negócio, seja no tradicional e concorrido mercado das agências de propaganda ou na área de marketing, prestando consultorias a outras firmas. A tendência do mercado é aproximar publicidade e administração. Em vez de simplesmente vender um produto, a estratégia é participar do processo de organização e gerenciamento de políticas corporativas, para aumentar a produtividade. E só um curso superior pode oferecer esta visão ao jovem publicitário.

Comunicação Social - Cinema
Luz, câmera, ação (e muito suor pra tudo dar certo)

Quem nunca se encantou com a magia do cinema? Há décadas a invenção atribuída aos irmãos franceses Lumière seduz gente de todas as idades. A história que muitas vezes a tela não conta, no entanto, é a do esforço e do número de profissionais que se empenham para levar uma produção ao público. Esta outra magia o aluno conhecerá fazendo Cinema.

Roberto Petti, 46 anos, tirou o primeiro lugar em Comunicação Social no vestibular de 1977 e escolheu a habilitação Cinema. Ele recorda que, na época, o curso enfrentava problemas sérios de recursos. "Para conseguir câmera, dependíamos de favores da Embrafilme. O filho do Humberto Mauro, Zequinha Mauro, dava sobras de filmes vencidos pra gente filmar. Faltavam recursos, mas havia uma integração muito forte entre professores e alunos e uma luta para que o curso crescesse", frisa Petti, hoje gerente de programação do Canal GNT, da Globosat.

Aos interessados em estudar Cinema, o gerente da GNT dá um conselho: "Hoje em dia as pessoas precisam ter uma visão mais aberta para todas as alternativas dos meios audiovisuais e não apenas ficar restrito a cinema. Vídeo e cinema são linguagens complementares".

Antes mesmo de ingressar na universidade, Roberto Petti começou a trabalhar como assistente numa produtora de filmes publicitários. Em 25 anos de carreira, passou pelas TVs Educativa, Bandeirantes, Manchete e Globo. "Na Bandeirantes, em 1983, a Marlene Mattos, diretora do programa da Xuxa, era minha assistente de produção. Ela era muito esforçada. Parecia um trator", lembra.

O vestibular oferece 20 vagas por semestre e as aulas são em turno integral. A UFF dispõe de laboratórios de vídeo, fotografia, criação visual e cinema, o que facilita o contato dos estudantes com a tecnologia e a prática profissional. Mas nem só a técnica é privilegiada. Para concluir o curso, o aluno precisa produzir uma monografia sobre um tema ligado a Cinema e participar de pelo menos um projeto de realização de filme, uma experiência de trabalho em equipe.

Graduando-se em Cinema, o profissional poderá atuar nas áreas de direção, roteiro, fotografia, iluminação, montagem, edição, som, continuidade, direção de arte, cenografia e produção de filmes ou vídeos de curta, médiae longa metragem. Há espaço também para atuação em documentários, ficção ou produções institucionais, em publicidade e animação.

Quem se forma em Cinema é, sobretudo, um profissional da imagem. Assim, alternativas como televisão, agências de publicidade, produtoras de vídeo são sempre uma opção de trabalho. As áreas de ensino, pesquisa, teoria, crítica, documentação cinematográfica e produção de cultura em geral, tanto em instituições públicas quanto particulares, são também outros campos que admitem a presença do profissional de Cinema.

Mas em qualquer destas áreas é importante que o estudante esqueça por instantes o glamour do cinema e se lembre de que a produção baseia-se no trabalho, quase sempre anônimo, de dezenas de profissionais.

Texto integrante da Revista Acesso UFF
(parte integrante do Kit Vestibular UFF 2003)

OBJETIVOS DO CURSO

Formar profissionais com base humanística e técnica para atuar no campo da comunicação social de modo responsável, crítico e criativo.

Jornalismo
Oferecer ao estudante as informações técnicas e teóricas necessárias para o exercício da profissão, em meios impressos ou audiovisuais, além de inseri-lo na discussão sobre os rumos da comunicação diante das novas tecnologias. Garantir-lhe a base para um olhar crítico sobre a realidade, bem como proporcionar-lhe a oportunidade de exercer a prática jornalística em seus variados aspectos (reportagem, redação, edição, editoração eletrônica), refletindo sobre a técnica no momento mesmo da produção, permitindo-lhe formular projetos alternativos de comunicação.

Publicidade e Propaganda
Capacitar o aluno no campo da comunicação em propaganda, tanto na área comercial quanto na social: marketing, pesquisa, produção, criação, merchandising e outros conhecimentos ligados aos modernos fenômenos de mercado. Embora valorize as atividades práticas, o curso, mais do que um simples adestramento, pretende desenvolver o conhecimento fundamental sobre esta área da comunicação.

Cinema
Formar profissionais para atuar nas áreas de direção, roteiro, fotografia, som, montagem e edição, produção, animação e crítica de Cinema e Vídeo.

O currículo do Curso é composto de 8 períodos, constituído de disciplinas de formação humanística e de disciplinas técnico-profissionais, com estímulo e apoio às atividades de pesquisa e de produção prática. O Curso oferece ao aluno experiência na área de informática e de multimeios, hoje, indispensável em Comunicação Social.

Dispõe, atualmente, de laboratórios de vídeo, informática, fotografia e cinema, criação visual e publicidade e de estudos para as aulas práticas e projetos, e também faculta o acesso dos alunos a estágios em outras instituições de comunicação e cultura através de convênios.

Para concluir o Curso, é obrigatória a elaboração, pelo aluno, de uma monografia (Projeto Experimental) acerca de um tema de sua escolha, sob orientação de um professor, a ser apresentada perante uma banca. Na habilitação em Cinema é obrigatória, também, a participação do aluno em, pelo menos, um projeto de realização de filme.

TITULAÇÃO
Bacharel em Comunicação Social
DURAÇÃO
Mínima de 6 e máxima de 12 semestres

O QUE FAZ O PROFISSIONAL

Jornalismo
Exerce tradicionalmente as funções de repórter, redator, editor e, nos meios impressos, programador visual. Cada vez mais, porém, as duas primeiras funções vêm sendo realizadas por um único profissional, assim como o editor também vem sendo levado a saber diagramar a página no computador. O profissional polivalente é desejado pelas grandes empresas que, dessa forma, reduzem custos; a versatilidade, porém, é ainda mais importante caso o jornalista pretenda investir em alternativas a esse mercado, o que o obriga a ter o controle de todo o processo de produção.

Publicidade e Propaganda
O graduado em Publicidade e Propaganda formula planos práticos ou estratégicos de comunicação; pesquisa e determina a criação de produtos e serviços; desenvolve o planejamento, a veiculação e a produção de peças comerciais e não comerciais para as várias mídias; atua na criação visual, gráfica, eletrônica e de textos. Lida com públicos internos e externos às organizações, podendo administrar grupos, agências e produtoras.

Cinema
O graduado em Cinema poderá atuar nas áreas de direção, roteiro, fotografia, iluminação, montagem ou edição, som, continuidade, direção de arte, cenografia e produção de filmes ou vídeos de curta, média e longa metragem; em documentários, ficção ou produções institucionais, inclusive de publicidade; em animação; na utilização de recursos eletrônicos e de informática.

ONDE ATUA

O Jornalista
Nas empresas jornalísticas tradicionais - jornal e revista impressos, rádio e televisão, em assessorias de imprensa de empresas, sindicatos, partidos políticos, governos e organizações não-governamentais, em pequenas empresas organizadas pelo próprio profissional e no chamado mercado alternativo, em particular o das rádios ou TV comunitárias.

O Publicitário
Em agências, institutos de pesquisa, organizações e empresas privadas ou públicas, ou em assessorias de comunicação, podendo atuar como editor de publicações e planejar eventos culturais, entre outras aplicações profissionais.

O Cineasta
O mercado de trabalho em cinema, depois de um período de recesso, vem se reativando e oferecendo novas oportunidades, valorizando o estudante e o egresso das Universidades. Outras alternativas são a televisão (aberta ou não) e a publicidade. Finalmente, o graduado em cinema pode trabalhar na área de ensino, teoria, crítica e documentação cinematográfica e em instituições públicas ou privadas, de produção cultural em geral.

Observação: Para propiciar uma formação mais ampla e diversificada, é permitido ao aluno cursar disciplinas de outras habilitações, complementando e enriquecendo seu currículo.

ONDE SE LOCALIZA A COORDENAÇÃO DE CURSO

Instituto de Arte e Comunicação Social
Rua Prof. Lara Vilela, 126 – São Domingos – 24210-590 – Niterói – RJ
Tel.: (21) 2620-6377 e (21) 2620-8080 ramal 265
ggc@vm.uff.br

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